Fazerem ou fazer

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de Português

Com fazerem e fazer, a principal dúvida é: quando devo usar o infinitivo pessoal e quando devo usar o infinitivo impessoal?

Fazer é a forma do verbo no infinitivo impessoal, também chamado de infinitivo não flexionado.
Exemplo: Eles vieram fazer este trabalho.

Fazerem indica a 3.ª pessoa do plural do infinitivo pessoal, também chamado de infinitivo flexionado.
Exemplo: Este trabalho é para eles fazerem.

Verbo fazer - Infinitivo pessoal:
por fazer eu
por fazeres tu
por fazer ele
por fazermos nós
por fazerdes vós
por fazerem eles

Quando usar fazerem (infinitivo flexionado)?

Usa-se o infinitivo flexionado ou pessoal:

Quando há um sujeito definido:

  • Eu pedi para vocês fazerem o trabalho.
  • Eu pedi para eles fazerem o trabalho.

Quando se pretende definir o sujeito através do verbo:

  • É muito importante fazerem este exame médico.
  • É preciso fazerem menos barulho.

Quando o sujeito da segunda oração é diferente do da primeira:

  • A diretora pediu para eles fazerem outro turno.
  • Eu trouxe novas receitas para eles fazerem.

Quando usar fazer (infinitivo não flexionado)?

Usa-se o infinitivo não flexionado ou impessoal:

Em locuções verbais:

  • Eles não conseguiram fazer os problemas de matemática.
  • Eles não quiseram fazer festa de aniversário.

Quando o verbo é regido por uma preposição:

  • Eles gostaram de fazer as atividades do evento.
  • Eles tiveram de fazer alterações nos planos.

Quando não há um sujeito definido:

  • Fazer exercício físico é importante!
  • Fazer dieta é muito difícil!

Com sentido imperativo:

  • Fazer silêncio!
  • Fazer barulho!

Uso facultativo de fazerem e fazer

Pode ser usado o infinitivo flexionado ou o infinitivo não flexionado:

Quando o sujeito da segunda oração é igual ao sujeito da primeira oração:

  • Eles vieram aqui para fazer uma demonstração culinária.
  • Eles vieram aqui para fazerem uma demonstração culinária.
Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.

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