Pronúncia de ruim: “rúim” ou “ruím”?

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de Português

A forma correta de pronunciar esta palavra é ruIM, com acentuação tônica na sílaba im ("ruím").

O adjetivo ruim deverá ser escrito sem acentuação gráfica, com m no final:

  • Achei o filme muito ruim.
  • Esta sobremesa está ruim demais!
  • Você não acha que isto está mesmo ruim?

Por que ruim se pronuncia "ruím"?

A separação silábica de ruim é ru-im

Ruim é um dissílabo oxítono formado pela sílaba ru e pela sílaba im (ru-IM).

O encontro vocálico presente na palavra é um hiato, ocorrendo a separação das duas vogais em sílabas distintas. Assim, ruim é um dissílabo.

Ruim é uma palavra oxítona porque, segundo as regras de acentuação da língua portuguesa, as palavras terminadas em -im são naturalmente oxítonas, não necessitando de um acento gráfico que marque a sílaba tônica:

  • aipim;
  • enfim;
  • assim;
  • jardim;
  • latim;
  • pudim;
  • cetim;

Isso ocorre mesmo quando a sílaba forma um hiato com a vogal da sílaba anterior, sendo esse o caso de ruim:

  • amendoim;
  • caim;
  • pixaim. 

Apesar disso, esta palavra é frequentemente pronunciada como um monossílabo tônico, com tonicidade na vogal u.

Plural de ruim

O plural de ruim é ruins.

  • Estou com um problema ruim de resolver.
  • Estou com uns problemas ruins de resolver.

Ruins é uma palavra escrita também sem acentuação gráfica, apresentando igual tonicidade na sílaba ins (ru-INS).

Ruim: adjetivo de dois gêneros

Ruim é um adjetivo de dois gêneros, ou seja, uniforme, apresentando a mesma forma no gênero masculino e no gênero feminino:

  • um cheiro ruim;
  • um ano ruim;
  • uma ideia ruim;
  • uma pessoa ruim.

O adjetivo ruim é sinônimo de mau, desagradável, estragado, nocivo, prejudicial, desfavorável, malvado, perverso, danificado, inadequado, inútil, difícil, árduo e infeliz, entre outros.

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.

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