Cartucho ou cartuxo

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de Português

O substantivo masculino cartucho é muito usado pelos falantes e indica, principalmente, um invólucro ou recipiente de alguma coisa, como tinta de impressoras e pólvora de armas de fogo. O substantivo masculino cartuxo tem um uso mais reduzido e indica um religioso da ordem cartuxa. Assim, estas duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas. Seus significados, porém, são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. 

Exemplos

  • Vou comprar cartuchos novos para minha impressora. (cartucho = recipiente da tinta)
  • Os cartuxos são religiosos que fazem parte da Ordem da Cartuxa. (cartuxo = religioso) 

Cartucho tem sua origem na palavra em latim medieval cartotius, pelo italiano cartòccio, pelo francês cartouche, devendo assim ser escrito com ch na terceira sílaba. apresenta diversos significados, como: recipiente que contém a tinta da impressora, invólucro de carga de arma de fogo, embalagem de papel em forma de cone, proteção de pessoa influente, folhas que envolvem a espiga de milho, entre outros.

Exemplos:

  • Onde você guardou o cartucho da impressora? 
  • A polícia encontrou o cartucho da bala escondido na casa de um vizinho.
  • Preciso trocar o cartucho da minha caneta tinteiro. 

Cartuxo tem sua origem na palavra em latim medieval carthusium. É uma palavra usada no âmbito religioso, indicando um religioso ou algo relativo à Ordem da Cartuxa.

Exemplos:

  • Visitei um mosteiro cartuxo no Rio Grande do Sul.
  • Meu primo será ordenado padre cartuxo.

As palavras cartucho e cartuxo apresentam a mesma fonética, ou seja, são pronunciadas de forma igual, mas seus significados e escritas são diferentes. A este tipo de palavras chamamos palavras homófonas. Na língua portuguesa, existem diversas palavras homófonas: cartucho e cartuxo, sensual e censual, tachar e taxar, acento e assento, conserto e concerto, cozer e coser,…

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.

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