Extraoficial ou extra-oficial

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de Português

A forma correta de escrita da palavra é extraoficial. A palavra extra-oficial está errada desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, em janeiro de 2009. Devemos utilizar o adjetivo extraoficial sempre que quisermos referir alguma coisa que não tem uma origem oficial, ou seja, que não é originária de autoridades oficiais, nem está relacionado com negócios ou empreendimentos do Estado.

Exemplos:

  • Enquanto não for validado por uma autoridade oficialmente reconhecida, este documento será considerado extraoficial.
  • Esta informação é extraoficial, dado que neste momento não estou em representação do Estado.

Extraoficial é uma palavra formada a partir de derivação prefixal, ou seja, é acrescentado um prefixo a uma palavra já existente, alterando o sentido da mesma: extra- + oficial. O prefixo extra- é de origem latina e significa uma posição exterior, fora e além de alguma coisa.

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com h.

Exemplos: extra-humano, extra-hospitalar, extra-amazônico, extra-alcance,…

Em todas as outras situações, o prefixo é escrito junto à palavra já existente. Salienta-se que nas formações em que o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as consoantes r ou s, estas consoantes deverão ser duplicadas.

Exemplos: extraoficial, extrajudicial, extragalático, extranormal, extrarregulamentar, extrassensorial,…

A palavra extraoficial é um adjetivo uniforme porque apresenta sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino (o acordo extraoficial/a informação extraoficial). Na língua portuguesa, os adjetivos terminados em –l são adjetivos uniformes, apresentando a mesma forma no masculino e no feminino: extraoficial, extrajudicial, normal, fiel, azul,…

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.

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